PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
Entre os dias 4 e 20 de junho, a Polícia Federal realizou uma série de ações de repressão ao trabalho em condições análogas à escravidão na região do Pantanal do Mato Grosso do Sul. As operações contaram com apoio de auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
As ações visam identificar e combater práticas de exploração laboral que se assemelham à escravidão, garantindo a proteção dos direitos dos trabalhadores e a responsabilização dos envolvidos em tais práticas. O Pantanal do Mato Grosso do Sul, uma região vasta e de difícil acesso, frequentemente enfrenta desafios relacionados à fiscalização e ao cumprimento das leis trabalhistas, tornando essas operações essenciais para a proteção dos trabalhadores locais.
No período, foram fiscalizadas nove propriedades rurais, todas situadas em locais de difícil acesso. Duas das propriedades apresentaram inconformidades trabalhistas e administrativas. Em uma terceira, foi constatado sinais de alojamento irregular de trabalhadores. Em uma outra, houve o resgate de dez pessoas, que estavam sendo submetidas a condições degradantes de trabalho e moradia.
Acesse nosso canal de notícias no WhatsApp pelo link: FTN BRASIL
Em uma última propriedade, na região do Paiaguás, Pantanal matogrossense, os trabalhadores estavam isolados em meio à mata e impossibilitados de deixar o local. Esta mesma propriedade havia sido alvo de denúncias.
Diante da situação, o empregador deve arcar com indenizações trabalhistas e por danos morais e está sujeito à responsabilização pelo crime de redução a condição análoga à escravidão.