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Polícia Sexta-feira, 12 de Julho de 2024, 11:30 - A | A

12 de Julho de 2024, 11h:30 A- A+

Polícia / MONITORAMENTO ILEGAL

Polícia Federal avança em investigação de grupo criminosos que usava Abin para espionar autoridades públicas

Na quarta fase da Operação Última Milha, Policiais Federais cumprem cinco mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão em quatro estados e no DF

ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (11) a quarta fase da Operação Última Milha. O objetivo é desarticular organização criminosa voltada ao monitoramento ilegal de autoridades públicas e à produção de notícias falsas, utilizando-se de sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Policiais Federais cumprem cinco mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, nas cidades de Brasília/DF, Curitiba/PR, Juiz de Fora/MG, Salvador/BA e São Paulo/SP.

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Nesta fase, as investigações revelaram que membros dos três poderes e jornalistas foram alvos de ações do grupo, incluindo a criação de perfis falsos e a divulgação de informações sabidamente falsas. A organização criminosa também acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos.

Os investigados podem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio.

Entenda a Operação Última Milha

A primeira fase da Operação Última Milha foi deflagrada pela PF em outubro do ano passado. À época, a corporação informou que investigava o uso indevido de sistema de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial por servidores da própria Abin. O nome da operação faz alusão ao uso indevido do software israelense First Mile em combinação com outras ferramentas da agência.

“De acordo com as investigações, o sistema de geolocalização utilizado pela Abin é um software intrusivo na infraestrutura crítica de telefonia brasileira. A rede de telefonia teria sido invadida reiteradas vezes, com a utilização do serviço adquirido com recursos públicos”, destacou a PF à época. As apurações foram iniciadas a partir de suspeitas de que integrantes da oposição ao governo anterior teriam sido monitorados.

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