PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
Foi deflagrada pela Polícia Federal nesta quarta-feira (12), a Operação Fundo no Poço, que tem como objetivo de desarticular organização criminosa responsável por desviar e se apropriar de recursos do fundo partidário e eleitoral nas eleições ocorrida em 2022, destinados a um partido político.
Na manhã da quarta-feira, foram cumpridos sete mandados de prisão preventiva, 45 mandados de busca e apreensão nos estados de Goiás e São Paulo e no Distrito Federal, além do bloqueio e indisponibilidade de R$ 36 milhões e o sequestro judicial de 33 imóveis, deferidos pela Justiça Eleitoral do DF.
De acordo com a PF, as investigações tiveram início a partir de denúncia do então presidente do partido em desfavor de um ex-dirigente suspeito acusado de desviar aproximadamente R$ 36 milhões.
Por meio de Relatórios de Inteligência Financeira e da análise de prestações de contas de supostos candidatos, foram localizados indícios que apontam para existência de uma organização criminosa estruturalmente ordenada com o objetivo de desviar e se apropriar de recursos do Fundo Partidário e Eleitoral, utilizando-se de candidaturas laranjas ao redor do país, de superfaturamento de serviços de consultoria jurídica e desvio de recursos partidários destinados à Fundação de Ordem Social (FOS).
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Os atos de lavagem foram identificados por meio da constituição de empresas de fachada, aquisição de imóveis por meio de interpostas pessoas, superfaturamento de serviços prestados aos candidatos laranjas e ao partido.
Os envolvidos estão sendo investigados pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, furto qualificado, apropriação indébita, falsidade ideológica eleitoral e apropriação de recursos destinados ao financiamento eleitoral.