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Polícia Quinta-feira, 19 de Setembro de 2024, 07:40 - A | A

19 de Setembro de 2024, 07h:40 A- A+

Polícia / OPERAÇÃO 404

Polícia Civil de MT cumpre mandado em operação nacional contra pirataria digital

Alvos são suspeitos de disponibilizar conteúdo pirata em sites e plataformas digitais, causando prejuízos significativos à economia

PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO

Na manhã desta quinta-feira (19), a Polícia Civil de Mato Grosso, através da 1ª Delegacia de Polícia e Delegacia Regional de Cáceres, participa da 7ª fase da Operação 404, visa combater crimes de pirataria online e a violação de direitos autorais. A ação faz parte de uma mobilização nacional, liderada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), com o apoio do Ciberlab e da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi), ambos vinculados ao Ministério da Justiça e Segurança Pública

Os alvos da operação são suspeitos de oferecer conteúdo pirata em plataformas digitais, causando prejuízos tanto à economia quanto à indústria criativa e cultural. Além das perdas financeiras, a pirataria afeta diretamente os direitos dos criadores, artistas e autores, o que reforça a importância dessas ações de repressão para proteger a propriedade intelectual no ambiente digital.

 Em Mato Grosso, a operação teve um alvo de mandado de busca e apreensão e de suspensão de site, cumpridos na cidade de Cáceres. 

Nesta sétima fase da operação, foram 30 mandados de busca e apreensão e cinco de prisão cumpridos em todo o país, resultando na apreensão de computadores, servidores e dispositivos de armazenamento. Além disso, conteúdos em áudio e vídeo, como jogos e músicas, foram removidos, com o bloqueio e suspensão de 675 sites e 14 aplicativos de streaming ilegal, a desindexação de conteúdo em mecanismos de busca e a remoção de perfis e páginas em redes sociais.

Combate à pirataria digital

Um exemplo recente, a Operação Redirect, coordenada pelo Ciberlab, destacou o risco à segurança dos consumidores que utilizam serviços piratas. Durante a operação, foram identificados sites de pirataria que, além de distribuírem conteúdo sem autorização, infectavam os dispositivos dos usuários com malwares e vírus, deixando-os expostos a práticas de roubo de dados, como phishing e outras formas de ataque cibernético. 

Esses sites registraram mais de 12 milhões de visitas no último ano, expondo uma grande quantidade de consumidores a riscos de segurança digital. Isso evidencia que o uso de plataformas ilegais não só prejudica os detentores de direitos autorais, mas também coloca em risco as informações pessoais e financeiras dos usuários.

Instituições envolvidas

Além do Brasil, por meio das Polícias Civis e dos Ministérios Públicos, a sétima fase da "Operação 404" conta, ainda, com a participação dos órgãos brasileiros de aplicação da lei e associações de proteção à propriedade intelectual e de outros países, como Argentina, Paraguai, Peru, Reino Unido e União Europeia: UFEIC - Unidad Fiscal Especializada en Investigación de Ciberdelitos (Argentina), City of London Police – Police Intellectual Property Crime Unit (Reino Unido); DOJ – Departamento de Justiça e Departamento de Comércio (EUA); INDECOPI - Instituto Nacional de Defensa de la Competencia y de la Protección de la Propiedad Intelectual (Peru); IPO – Intellectual Porperty Office (Reino Unido); Premier League; ACE - Alliance for Creativity and Entertainment; ABTA – Associação Brasileira de Televisão por Assinatura; ALIANZA – Aliança Contra a Pirataria de Televisão Paga – América Latina; CNCP – Conselho Nacional de Combate à Pirataria; APDIF – Associação Protetora dos Direitos Intelectuais e Fonográficos; MPA – Motion Picture Association (América Latina); IFPI – Representing the Recording Industry Worldwide; ESA – Entertainment Software Association; IP Key LA, implementado pela EUIPO (European Union Intellectual Property Office); DINAPI - Dirección Nacional de Propiedad Intelectual (Paraguai); Unidad Especializada en Hechos Punibles Contra la Propiedad Intelectual (Paraguai).

O Ministério da Justiça e Segurança Pública e as Polícias Judiciárias reforçam o compromisso de combater a pirataria, protegendo tanto os direitos autorais quanto a segurança dos usuários. A população pode colaborar com as investigações, denunciando atividades criminosas em qualquer delegacia de polícia.

Legislação

No Brasil, a pena para o crime de pirataria online é de reclusão de dois a quatro anos e multa. Os investigados podem ainda ser indiciados por associação criminosa e lavagem de capitais.

Operação 404

O nome da operação faz referência ao código de erro exibido na internet quando um site não pode ser encontrado ou está indisponível, um símbolo apropriado para a luta contra a pirataria digital.

 

 

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