PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
A Polícia Civil de Goiás, através do Grupo de Repressão a Roubos (GARRA) da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC), com o apoio operacional da Polícia Civil do Ceará e do Ministério da Justiça, prendeu 14 pessoas nesta quarta-feira (31) e cumpriu 30 mandados de busca e apreensão. Além disso, um mandado de prisão foi cumprido contra um suspeito que já estava detido em uma unidade prisional. Durante a operação, também foram bloqueadas mais de 340 contas bancárias.
A ação faz parte da Operação Precatório Fantasma, que investiga crimes de fraude eletrônica e associação criminosa. A operação é conduzida pela PCGO/DEIC/GARRA e visa desmantelar um esquema de fraudes envolvendo precatórios, que são dívidas judiciais que o governo precisa pagar a indivíduos ou empresas após decisão final da justiça.
Segundo apurado, os criminosos obtiveram dados de processos judiciais das vítimas e faziam contato se passando por advogados e defensores públicos, pedindo transferências bancárias a título de pagamento de honorários e impostos, afirmando serem necessários para a liberação dos precatórios e alvarás.
Ao todo, foram identificadas mais de 50 vítimas com prejuízo financeiro em Goiás, que após os pagamentos recebiam falsos comprovantes e documentos falsificados com o nome de juízes e desembargadores, além do brasão do Poder Judiciário.
Acesse nosso canal de notícias no WhatsApp pelo link: FTN BRASIL
Esses crimes, cometidos por grupo criminoso, além de graves prejuízos financeiros, causaram uma série de transtornos a vários advogados e escritórios de advocacia, prejudicando essa função essencial à Justiça.
Os mandados foram cumpridos no Estado do Ceará, nos municípios de Fortaleza, Maracanaú, Pacatuba, Aquiraz, Maranguape e Canindé e os presos, após os interrogatórios, foram encaminhados à Unidade Prisional e permanecem à disposição do Poder Judiciário.
PCGO Sem Fronteiras
A ação policial ocorreu no âmbito do programa da Polícia Civil de Goiás denominado PCGO Sem Fronteiras, o qual fomenta ações policiais fora do estado de Goiás para que criminosos que tenham vitimado cidadãos goianos sejam localizados e presos, independentemente de onde estejam no país.