PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
Bruno Fernandes de Souza Costa, conhecido como "Bruninho", foi condenado a 24 anos e quatro meses de prisão pelo homicídio qualificado de Josionaldo Ferreira de Araújo, ocorrido em dezembro de 2022 no Shopping Popular, em Cuiabá. A decisão foi proferida pelo Tribunal do Júri na segunda-feira (18) e atendeu à denúncia do Ministério Público de Mato Grosso, com o reconhecimento de três qualificadoras: motivo torpe, perigo comum e a utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima.
A promotora de Justiça Marcelle Rodrigues da Costa e Faria destacou que, como Bruno Fernandes de Souza Costa já está preso, ele não poderá recorrer da sentença em liberdade. A denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) apontou que o réu atuou em conjunto com Wenderson Santos Souza, que já faleceu.
Durante a investigação criminal, ficou comprovado que os dois homens chegaram ao Shopping Popular previamente ajustados e armados para executar Josionaldo Ferreira de Araújo. As imagens do circuito interno de monitoramento do shopping revelaram que os criminosos não conheciam a vítima e, por isso, circulavam pelos corredores enquanto conversavam ao telefone com alguém que provavelmente lhes passava as informações necessárias para localizar a vítima.
“Quando Wenderson finalmente cruza com o ofendido, aponta imediatamente para seu comparsa Bruno, afirmando “É Este!”, e em questão de segundos Bruno retira a atenção da vítima, enquanto Wanderson dispara em seu desfavor a pistola Taurus .380, causando-lhe os ferimentos descritos no exame de corpo de delito que foram a causa da sua morte”, diz um trecho da denúncia.
Acesse nosso canal de notícias no WhatsApp pelo link: FTN BRASIL
Durante a fuga, os réus, conforme apurado pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), trocaram tiros com a Polícia Militar. Bruno Fernandes de Souza Costa, "Bruninho", então com 22 anos, foi preso em flagrante, portando um revólver calibre .38 com seis munições. Seu comparsa, Wenderson Santos Souza, que estava com 23 munições de calibre .380 e uma pistola Taurus .380, foi morto no confronto com os policiais.
O processo também revelou que "Bruninho" possui 15 Boletins de Ocorrência registrados contra ele, a maioria indicando sua vinculação com facções criminosas. Wenderson, que veio a falecer, era integrante de uma facção oriunda do Estado da Bahia.
