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Polícia Segunda-feira, 22 de Janeiro de 2024, 11:25 - A | A

22 de Janeiro de 2024, 11h:25 A- A+

Polícia / POR FALTA DE PROVAS

Juiz manda soltar empresária acusada de ser mandante da morte do advogado Roberto Zampieri

O magistrado atendeu ao pleito da defesa e determinou que Maria Gontijo deverá responder pelo crime em liberdade com uso de tornozeleira eletrônica. Além disso, ela terá o passaporte e registro de CAC suspenso

ELISA RIBEIRO

O juiz João Bosco Soares da Silva, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), determinou a soltura da empresária Maria Angélica Caixeta Gontijo, suspeita de ser a mandante do assassinato do advogado Roberto Zampieri, morto em dezembro  do ano passado em Cuiabá, ante a ausência de elementos concretos aptos a ensejar a prorrogação da prisão temporária. 

Na decisão, proferida na última quinta-feira (18), o magistrado afirmou que a prisão temporária não é de cunho definitivo e deve ter um prazo de duração determinado.

Em sua decisão o juiz afirmou que faltam provas da participação da empresária no crime. Isto porque, Antônio Gomes da Silva, assassino que confessou o crime, não citou o nome dela durante os depoimentos. 

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“Nessa toada, a prima facie, constato que não há elementos concretos aptos a ensejar a Prorrogação da Prisão Temporária da representada MARIA ANGÉLICA CAIXETA GONTIJO, bem como não terem sido preenchidos todos os requisitos impostos pelo Supremo Tribunal Federal – STF, desta feita, à imposição de Medidas Cautelares Diversas são suficientes para se alcançar os meios necessários, com o fito de dar o bom andamento na pertinente e indispensável investigação”, destacou.

O pedido de liberdade atendeu a defesa da acusada, que é patrocinada pelo advogado Eustáquio de Noronha Neto, que pugnou pela não prorrogação da prisão temporária da empresária e apontou relatório do depoimento de Antônio Gomes da Silva, tido como o executor do crime, que afirmou que o mandante seria um homem, com sotaque italiano, e que teria perdido uma fazenda para a vítima.

Além disso, citou que a investigada entregou voluntariamente o celular com a senha, suas armas e passaporte.

Medidas cautelares

Em liberdade, a empresária terá que cumprir algumas medidas cautelares, dentre elas, o uso de tornozeleira eletrônica; manter o endereço e contato telefônico atualizados; não mudar de residência sem autorização judicial; comparecer a todos os atos processuais; suspensao do passaporte; e suspensão do certificado de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC).

Trio continua preso

A Polícia Civil havia pedido a prorrogação da prisão temporária dos três primeiros suspeitos presos, no entanto, o magistrado deferiu apenas parcial, mantendo presos o atirador Antônio Gomes da Silva e o intermediador Hedilerson Barbosa.

O caso segue em segredo de Justiça. 

 

Entenda o caso

Roberto Zampieri tinha 56 anos e foi assassinado na noite do dia 5 de dezembro de 2023, na frente de seu escritório localizado no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. A vítima estava dentro de uma picape Fiat Toro quando foi atingida pelo executor com diversos disparos de arma de fogo.

No dia 20 de dezembro, a Polícia Civil prendeu o suspeito de ser o executor do crime, Antônio Gomes da Silva, e também Maria Angélica, que é acusada de ter mandado matar o advogado. Logo depois, um terceiro homem também foi preso, sob a suspeita de ter intermediado o crime.

Na segunda-feira (15), uma quarta pessoa foi presa. Trata-se do coronel do Exército Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, que teria financiado o assassinato.

Todas as prisões ocorreram em Minas Gerais.

A investigação apura se a morte teria sido encomendada por causa de uma disputa de terras no interior de Mato Grosso.

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