PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
No último domingo (1), o investigador da Polícia Civil de Mato Grosso, Sanderson Ferreira de Castro Souza de 42 anos foi detido, em Cuiabá, após o cumprimento de um mandado de prisão por agressão contra sua namorada, a personal Débora Sander. O acusado foi submetido a uma audiência de custódia nesta segunda-feira (2).
Débora Sander, ao longo de dois anos de relacionamento, foi vítima de várias agressões e ameaças por parte de Sanderson. Ela relatou que o agressor frequentemente afirmava que "nunca ficaria preso" devido às suas conexões no meio jurídico e policial.
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“Ele sempre falou que polícia ajuda polícia, que nunca ficaria preso e caso eu o denunciasse, não ia dar nada porque tinha gente dentro do judiciário, que a família dele é muito influente no meio jurídico e que ficaria por isso mesmo”, declarou Débora.
Após sofrer uma agressão brutal no dia 4 de agosto, Débora decidiu denunciar Sanderson, registrar um boletim de ocorrência, e solicitar uma medida protetiva, além de expor a situação nas redes sociais.
O mandado de prisão contra Sanderson foi cumprido no dia 1º de setembro. A vítima, que precisou deixar Cuiabá por temer pela sua vida e pela segurança do filho, espera que Sanderson seja mantido preso e exonerado da Polícia Civil, para que possa retornar à cidade com segurança.
O caso tem ganhado atenção pública, inclusive com o apoio da primeira-dama Virginia Mendes. Débora também expressou seu desejo de inspirar outras mulheres a denunciarem e saírem de relações abusivas, afirmando que usará sua experiência para dar voz a outras vítimas de violência doméstica.
“Eu não sou uma vítima, eu sou uma escolhida de Deus, porque se ele me permitiu passar dois anos sofrendo ameaça, apanhando, sofrendo coação, violência psicológica, porque ele estava me preparando para algo melhor, eu vou ser voz dessas mulheres e esse cara vai ser exonerado, porque é lei, é maria da penha, esse vagabundo tem que ficar na cadeia”, concluiu.