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Polícia Quarta-feira, 16 de Outubro de 2024, 12:00 - A | A

16 de Outubro de 2024, 12h:00 A- A+

Polícia / OPERAÇÃO VENTRÍLOCO

Ex-servidor da Assembleia e advogado se livram de condenação por suposto esquema de R$ 9,4 milhões na ALMT

O magistrado chegou a condenar os acusados, mas as penas impostas foram extintas na mesma sentença

ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO

O juiz João Filho de Almeida Portela, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, extinguiu a punibilidade do advogado e delator, Júlio César Domingues Rodrigues, na ação penal que investigou um possível desvio de R$ 9,4 milhões da Assembleia Legislativa.

A sentença, publicada nesta segunda-feira (14), ainda beneficia o ex-assessor parlamentar Francisvaldo Mendes Pacheco.

O magistrado chegou a condenar Francisvaldo pelo crime de peculato e Júlio César por extorsão.

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Mas, na mesma decisão, por considerar a prescrição do caso, o juiz declarou a punibilidade dos réus extintas, anulando as penas impostas.

“Declarar de maneira subsequente e condicionado ao trânsito em julgado para o MPE a extinção da punibilidade dos acusados Francisvaldo Mendes Pacheco e Julio Cesar Domingues Rodrigues condenados à luz das penas impostas e o lapso decorrido do recebimento da denúncia ocorrido no dia 05/outubro/2016 até esta sentença penal condenatória (CP, 107, IV, 109, IV, 110 e 119)”, diz trecho da decisão divulgada.

Entenda melhor o caso

A ação é fruto da Operação Filhos de Gepeto, segunda fase Ventríloquo, que apurou a existência do esquema que causou um suposto rombo de R$ 9,4 milhões da Assembleia Legislativa em 2014, por meio de pagamento de uma dívida de um seguro contraído com o banco HSBC, atual Bradesco, que foi quitado a Joaquim Mielli, então advogado do banco o antigo Banco Bamerindus.

Consta na denúncia que no período entre fevereiro e abril de 2014, houve o desvio dos cofres da AL de cerca de R$ 9.480.547,69 milhões, "valendo-se da facilidade que proporcionava a condição de servidores públicos e agentes políticos de alguns de seus membros".

No mesmo período os acusados teriam ocultado e dissimulado a natureza e a origem dos valores, contando com o auxílio dos empresários e assessores parlamentares.

Do valor total pago, a maior parte teria voltado para os membros do suposto esquema, entre eles os então deputados Romoaldo, José Riva, Gilmar Fabris e Mauro Savi, todos da Mesa Diretora.

Ainda segundo o MPE, no mesmo período os acusados teriam ocultado e dissimulado a natureza e a origem dos valores, contando com o auxílio de empresários e assessores parlamentares.

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