PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
Após intenso e incansável trabalho realizado pela Polícia Judiciária Civil (PJC) que solucionou o mistério por trás do desaparecimento do menino Ryan Rodrigo Oliveira da Silva, de 10 anos que gerou grande expectativa e comoção entre a comunidade tangaraense. Seu corpo foi localizado na noite deste domingo (20) na região de mata entre os Jardins Bela Vista e Tarumã, próximo a residência onde o garoto vivia em Tangará da Serra (a 243 km de Cuiabá). O autor do assassinato é um adolescente de 14 anos que foi apreendido e confessou que teria cometido o crime pelo motivo de bullying.
Conforme o delegado da Polícia Civil, Gustavo Espindola, o jovem Ryan estava desaparecido desde a última quinta-feira (17) após sair de casa para ir à escola Ayton Sena, em Tangará da Serra, mas o menino não chegou no destino e não deu mais notícias. A mãe de Ryan estava trabalhando em outro município só conseguindo retornar no sábado para a cidade e deixou a criança aos cuidados do padrasto.
O padrasto não tinha notado que o menino estava fora desde quinta-feira (17) e só foi perceber a ausência de Ryan depois do horário do almoço na sexta-feira (18). Ele foi preso por abandono de incapaz, por não ter percebido o desaparecimento do menino.
Ainda de acordo com informações, após investigações de imagens das câmeras de segurança próxima a casa do Ryan, que captou o momento que a vítima estava caminhando com o amigo, o jovem de 14 anos de idade, o mesmo acabou confessando ter matado Ryan e foi apreendido pelo Polícia Civil e está detido na Delegacia à disposição da Justiça.
O menor informou a polícia que chamou o colega para ir ao córrego e chegando no local o estrangulou, e que teria cometido o crime pelo motivo de bullying. A real motivação do crime ainda está sendo investigada.
"O menor confessou todo o ocorrido e explicou todas as circunstâncias do crime", disse Espindola.
O delegado destacou o desempenho da equipe da PJC nas investigações no caso do desaparecimento de Ryan. Que foram usadas para tentar localizar o menino, as imagens de câmeras de segurança e o uso de drone que facilitou nas buscas às margens de um córrego e em uma mata fechada nas proximidades da casa do menino.
A Politec esteve no local do crime e recolheu o corpo do garoto que foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) para passar por exames que esclarecerão com mais precisão como foi a sua morte. A investigação da Polícia Civil continua.