PAULA VALÉRIA
Na manhã desta terça-feira (20), o rompimento da barragem em uma propriedade particular em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, causou a interdição de parte da BR-163, no quilômetro 500, que liga a cidade ao norte do Estado em direção a Mato Grosso. A represa tem mais de 20 hectares de lâmina - área de abrangência da água - e fica no meio de aproximadamente 100 casas de luxo.
O Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Agesul, informou que devido à interdição da BR-163 após o rompimento de uma barragem, está oferecendo suporte completo para o desvio de veículos em duas rotas alternativas para acesso à rodovia MS-010. Devido às peculiaridades de cada estrada que leva à MS-010, a Agesul orienta que motoristas de veículos pesados utilizem a rota pela MS-244, enquanto motoristas de veículos leves devem optar pelo desvio pela rodovia MS-445.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) orienta os motoristas a utilizarem desvios nos quilômetros 495 e 511 da BR-163. Esses desvios passam por estradas vicinais dentro de propriedades rurais, que possuem estruturas de pontes de madeira.
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Devido ao fechamento da pista, há congestionamento de 4 km no sentido norte e 3 km no sentido sul. A barragem, localizada entre Campo Grande e Jaraguari, provocou a invasão de água na rodovia, embora o volume tenha diminuído.
Equipes de engenharia da concessionária que administra a BR-163 em Mato Grosso do Sul estão avaliando a situação, enquanto equipes de resgate, apoio da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, e PRF continuam monitorando a região.
Em nota o Governo de Mato Grosso do Sul informou que as equipes do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e Imasul (Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) estão atuando conjuntamente desde a manhã desta terça-feira (20) na região do Condomínio Nasa Park, ao norte de Campo Grande, onde a barragem de um lago se rompeu e ocasionou um incidente que atingiu casas e veículos no entorno do lago, além da rodovia BR-163. A situação aconteceu por volta das 9h30.
Logo que informadas da situação, as três instituições iniciaram os devidos trabalhos. A Defesa Civil está monitorando o local e, junto aos Bombeiros, também está avaliando os danos causados pelo incidente, podendo adiantar que já foi identificada uma residência totalmente atingida pela água, além de danos parciais em duas estruturas de criação de animais.
Não há registro de mortes. PRF (Polícia Rodoviária Federal) e CCR MS Via estão realizando o controle do tráfego na BR-163, que está parcialmente interditada - ou seja, o fluxo acontece em apenas uma pista, tanto para veículos leves como para os mais pesados.
A Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) e o Detran (Departamento Estadual de Trânsito), junto às demais equipes atuantes no incidente, trabalham em rotas alternativas para o tráfego no local, que passa pelo uso da rodovia estadual MS-010. Devido às peculiaridades de cada estrada que leva à MS-010, a orientação é que veículos pesados sigam a rota pela MS-244, enquanto os veículos leves devem optar pelo desvio na MS-445.
Possíveis impactos ambientais também estão sendo levantados pelo Imasul, com apoio da Defesa Civil. Um sobrevoo com avião já foi realizado e drones também são usados para avaliar o caso. Também é analisado se o empreendimento está em conformidade com as legislações ambientais, de recursos hídricos e de segurança de barragens.
Fora isso, a Polícia Científica de Mato Grosso do Sul também já foi requisitada e enviou uma equipe composta por três peritos criminais do Núcleo de Engenharia Legal e Perícias Ambientais para o local. A equipe está no momento realizando os trabalhos de análise e investigação técnica para determinar as causas e consequências do incidente.
A população local está sendo informada pelos órgãos públicos que seguem na região para mitigar os efeitos do rompimento da barragem.