PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
No dia 22 de fevereiro, o trabalho integrado pela Polícia Federal, com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e de Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e apoio do Ministério das Relações Exteriores, resultou na repatriação de 12 araras-azuis-de-lear e 17 micos-leões-dourados, apreendidos em Togo, na África. A ação denominada 'Operação Akpé' tem como objetivo de identificar todos os responsáveis envolvidos pela prática criminosa de tráfico dos animais que está sob investigação.
Importante destacar que o Ministério das Relações Exteriores contribuiu para a repatriação, albergando os animais na Embaixada do Brasil em Lomé até a retirada dos animais do território togolês. O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) foram outros dois órgãos que também colaboraram com os trabalhos.
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As investigações tiveram início no dia 12 de fevereiro, quando foram localizados as araras-azuis-de-lear e micos-leões-dourados, em Lomé, capital do país africano, em um veleiro de bandeira brasileira. Na ocasião, quatro pessoas, sendo um uruguaio, um surinamês, um brasileiro e um togolês, foram presas pelas autoridades locais logo após a embarcação apresentar problemas na costa africana e ser abordada por policiais locais.
A prisão em flagrante dos indivíduos ocorreu por estarem na posse de animais protegidos pela Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (Cites), da qual o Togo é signatário.
No dia 19 de fevereiro, uma equipe formada por veterinários e especialistas do Ibama foram acionadas e deslocou-se até o país, a fim de assegurar a sobrevivência dos animais.
No dia 22 deste mês, uma aeronave da Polícia Federal partiu do Brasil levando servidores da PF e do Ibama para auxiliar nos trabalhos de recuperação das espécies, antes do retorno ao Brasil. Além disso, também foram realizadas ações de polícia judiciária para auxiliar as investigações que já estavam em curso. A aeronada da PF chegou em solo braileiro no último sábado (24).
Situação dos animais
Os micos-leões foram encontrados debilitados, desnutridos, intoxicados e com óleo de motor na pelagem. Já as araras apresentaram episódios de estresse. O Ibama avalia colocar anilhas para marcação nas aves. Os micos receberão microchips.
Repatriação
As araras-de-lear devem ser encaminhadas para uma estação quarentenária. Já os micos-leões-dourados seguirão para um centro de recuperação de animais onde cumprirão quarentena.
Em homenagem à cooperação das autoridades togolesas, o nome Akpé significa 'obrigado' na língua local.