PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
Pacientes com doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa realizaram várias denúncias ao Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), reclamando sobre o descaso da Secretaria Estadual de Saúde pela falta de medicamentos, entre eles a Infliximabe, a mesalazina 800mg e mesalazina supositorio 1m, desde o final do ano de 2023. Essa situação coloca os pacientes com Doenças Inflamatória Intestinais (DII) em uma condição de vulnerabilidade, uma vez que a falta de medicamentos pode acarretar em complicações sérias para a saúde e qualidade de vida dos mesmos.
Importante lembrar que é dever do Estado assegurar o acesso universal e igualitário à saúde com medidas para garantir os medicamentos para os pacientes com doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa. Além disso, muitos pacientes necessitam de acompanhamento médico constante, exames laboratoriais frequentes e outros cuidados específicos para o controle da doença.
Segundo o presidente da Associação de Pacientes com Doenças Raras no Estado de Mato Grosso (APDII-MT), Anderson Barbalho, "muitos pacientes devido a grande demora de chegar em chegar seus municipios fazem a opção de retirar seus medicamentos na capital, ao se deslocar para Cuiabá, muitos dos pacientes, se vêem obrigados a buscar amparo em casas de apoio e albergues, uma vez que os custos para o tratamento de doenças Inflamatórias intestinais ainda são elevados e ultrapassam o mero custeio de medicamentos. Nesse diapasão, impede destacar que os pacientes comumente possuem restrições alimentares, livres de glúten, lactose, açúcares e outros", disse.
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Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa
As doenças inflamatória intestinais de Crohn e Retocolite Ulcerativa são doenças crônicas do intestino de caráter autoimune, que levam a uma inflamação crônica com períodos de exacerbação, em que a doença se manifesta com muita sintomatologia.
A Doença de Crohn é uma doença é assimétrica, ou seja, é uma doença que terá locais de inflamação da mucosa, alternados e intercalados com mucosas sadias e novamente mucosa com inflamação, intercalado com mucosa sadia.
Já o Retocolite, a doença não é assimétrica, é de forma contínua. Então, se o paciente tem doença no reto e, digamos que o paciente tem uma pancolite, ele tem uma doença em todo o colo, que irá comprometer o reto, o sigmoide, o descendente, o transverso, o ascendente e o seco, ou seja, todo o intestino de forma contínua.
É importante ressaltar que os custos para o tratamento dessas doenças inflamatórias intestinais podem ser altos e muitas vezes não são totalmente cobertos pelo sistema de saúde público. Por isso, muitos pacientes encontram dificuldades em arcar com todas as despesas, especialmente aqueles que precisam se deslocar para outras cidades em busca de tratamento.
"Ainda embora muitas vezes os pacientes consigam recursos para sua locomoção intermunicipal, diversas vezes necessitam arcar com gastos em locomoção urbana, e ao chegar para retirar seu medicamento é comunicado que esta em falta. Além da dificuldade em conseguir a medicação , o paciente com DII, tem como um dos principais sintomas a diarréia crônica, muitas vezes seguida de muco e sangramento retal, levando os pacientes a utilizar sanitários com frequência e que nem sempre existe essa acessibilidade a sanitários , além do desconforto causado por dores abdominais devido o processo inflamatório do intestino", informou Barbalho.
Ainda segundo o presidente da APDII-MT os pacientes vem reclamando pela falta de medicamentos desde novembro de 2023. "Muitos pacientes ficaram com a doença exacerbada, prejudicando a qualidade de vida afetando diretamente o psicológico desses pacientes, vale ressaltar que o tratamento tem que ser multidisciplinar para que a doença não evolua para câncer de intestino. A nossa associação buscou apoio nacional através do jurídico da DII Brasil para conseguirmos uma solução sobre a falta desses medicamentos", concluiu Anderson Barbalho.
Na manhã desta segunda-feira (11), o presidente da APDII-MT tentou contato com o secretário de Saúde de MT, Gilberto Figueiredo, via aplicativo WhatsApp, porém até o momento não teve nenhum retorno.
Em suma, é crucial que seja garantido o acesso ao tratamento adequado para os pacientes com doenças inflamatórias intestinais, bem como o suporte necessário para que possam enfrentar os desafios e dificuldades que surgem ao longo do processo de tratamento. A solidariedade e a empatia são essenciais para que esses pacientes possam enfrentar essa jornada com mais dignidade e qualidade de vida.
Sandra Arantes 13/03/2024
Estou sem medicação desde outubro do ano de 2023 Supositório 1 G , e não tem previsão de chegar a medicação
Sandra Arantes 13/03/2024
Desde outubro do ano passado não recebo medicação supositório 1 g em falta e sem data de chegar
Wellida loane Amorim sotero 12/03/2024
Desde dezembro sem o mesalazina supositório e sem o mesalazina de 800 mg Medicamentos caros na qual não temos condições de comprar
Eliel dos anjos da Silva 11/03/2024
Dede janeiro não esta tendo mesalazina
Yasmin Moreira 11/03/2024
É urgente que a prefeitura resolva isso e trate o assunto com a seriedade necessária e com pressa! Tempo é vida!
Cintia de Cassia Moreira 11/03/2024
Meses que está em falta o remédio Mesalazina 800mg,meu filho precisa de medicamento todos os meses.
6 comentários