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31 de Janeiro de 2024, 08h:05 A- A+

Geral / COOPERAÇÃO ECONÔMICA

Brasil e Bolívia firmam acordos favorecendo a tecnologia da agropecuária e produção de fertilizantes

Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro assinou acordos bilaterais com o país vizinho em cerimônia no Itamaraty

PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO

Nesta terça-feira (30), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, no Palácio do Itamaraty, em Brasília, Memorandos de Entendimento (MdE) entre o Brasil e a Bolívia com objetivo de estimular o desenvolvimento da agropecuária e a inovação da indústria e do comércio de insumos para a agricultura e para a pecuária, principalmente em fertilizantes, calcário e outros insumos para a nutrição de plantas. Os acordos firmados entre os países reafirmam o compromisso de trabalhar conjuntamente na construção de políticas públicas para o desenvolvimento sustentável do setor. Os memorandos terão vigência de cinco anos, podendo ser renovados.

Foi assinado MdE entre o Ministério da Agricultura Pecuária (Mapa), Ministério do Desenvolvimento da Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Ministério de Minas e Energia (MME) do lado brasileiro, e os ministérios do Desenvolvimento Rural e Terras (MDRT) e dos Hidrocarbonetos e Energia (MHE) da Bolívia.

O ministro Carlos Fávaro destacou a importância da assinatura dos acordos no compromisso do governo do presidente Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin para diminuição da dependência brasileira de fertilizantes importados.

“As alternativas precisam ser criadas, uma delas é o suprimento de gás natural com preços mais competitivos. Para que a gente possa restabelecer a construção e finalizar, por exemplo, a planta de Três Lagoas (MS) e em Cuiabá (MT), o suprimento de gás natural da Bolívia é fundamental”, disse.

A cooperação prevê a realização de estudos para aumentar a produção de fertilizantes nos dois países por meio de construção de fábricas de fertilizantes nitrogenados, fosfatados e potássicos.

A Bolívia tem grandes reservas de gás natural, fundamental para a produção dos nitrogenados, além de minerais usados em outros tipos de nutrientes, mas carece de capacitação e de recursos para desenvolver suas cadeias. A capacitação é essencial para a Bolívia aproveitar plenamente suas reservas de gás natural e desenvolver suas cadeias produtivas de forma eficiente. A falta de capacitação e de recursos limita o potencial de crescimento do país e impede a criação de empregos e o desenvolvimento de seu setor industrial.

Carência que o MdE busca estabelecer medidas de cooperação técnica com outros países ou organizações internacionais que possam fornecer conhecimentos e treinamentos especializados nas áreas em que a Bolívia carece de expertise. Isso permitirá que o país desenvolva suas capacidades e adote tecnologias modernas que possam melhorar sua produção e eficiência.

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O acordo cooperação tecnológica entre instituições de pesquisa firmado entre Mapa, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) MDRT prevê a criação de um Grupo de Trabalho composto por representantes dos países e a elaboração de um plano estratégico.

“No aspecto de transferência de tecnologia, assinamos agora o acordo para que as relações bilaterais entre Brasil e Bolívia criem laços mais profundos e mais frutíferos. O Brasil cumpre esse papel também de liderança na agropecuária por todo o continente. Com esse acordo firmado, a Embrapa poderá colaborar com a agropecuária boliviana”, ressaltou Fávaro.

“Para a Embrapa é fundamental apoiar o fortalecimento dos laços com os países amigos por meio da ciência agropecuária, criando oportunidades de intercâmbio de conhecimento e de avanços em tecnologia e inovação” destacou a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá.

Estavam presentes o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckimin; o ministro das Relações Exteriores, Embaixador Mauro Vieira; ministra das Relações Exteriores do Estado Plurinacional da Bolívia, Celinda Sosa Lunda; e os ministros do Desenvolvimento Rural e Terras, Remmy Gonzáles Atila e dos Hidrocarbonetos e da Energia, Franklin Ortiz.

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