PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
O sistema de pare e siga na MT-251, especificamente no trecho do Portão do Inferno, continuará em funcionamento nos próximos dias, conforme informado pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT) ao Ministério Público nesta sexta-feira (19). Esse sistema é utilizado para garantir a segurança dos motoristas enquanto são realizadas obras ou reparos na via.
Nesta sexta o Ministério Público Estadual (MPE) requereu que o trecho do Portão do Inferno na MT-251 não seja bloqueado durante o Festival de Inferno para permitir a realização das obras de retirada de parte do paredão, conhecidas como retaludamento de encosta. O MPE solicitou ainda que, durante o período do evento, o sistema de pare e siga seja retirado e que a capacidade de carga do viaduto seja aumentada de quatro para 12 toneladas.
Em resposta, o secretário informou ao Ministério Público que o sistema de pare e siga será mantido no trecho do Portão do Inferno na MT-251 devido à impossibilidade técnica de garantir uma gestão de risco efetiva com a passagem totalmente liberada. A decisão considera um relatório técnico do próprio Ministério Público, que é contrário à retirada do sistema, ressaltando a necessidade de medidas para assegurar a segurança dos motoristas.
“Ao se permitir trânsito somente em uma faixa, não existirá a ocorrência simultânea de trânsito nos dois lados do viaduto, diminuindo, portanto, a carga total em seu tabuleiro. Assim, não há implicação para a estrutura da ponte. Pelo contrário, essa medida favorece a segurança”, diz trecho do relatório do MPE.
A Sinfra-MT ainda informou que o bloqueio para obras no trecho do Portão do Inferno não começarão de maneira imediata, uma vez que o órgão está trabalhando para cumprir todas as condicionantes impostas pelo Ibama, especialmente a obtenção da Autorização da Supressão Vegetal (ASV).
Na resposta ao Ministério Público, a Sinfra-MT também informa que não irá liberar a capacidade de carga do viaduto para veículos de até 12 toneladas, uma vez que os estudos evidenciaram a fragilidade do maciço no entorno da fundação do viaduto, que não é estável o suficiente para suportar grandes cargas de pesos com segurança.
O ofício também responde a outro questionamento sobre a previsão de horários de bloqueio no Portão do Inferno, as rotas alternativas disponíveis, e que será permitida a passagem de ambulâncias em casos de ocorrências de risco à vida