DA REDAÇÃO
A principal data comemorativa para o comércio deve ser mais tímida em 2025. Os presentes para o Dia das Mães tendem a ser mais simples, conforme relatório divulgado pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT).
Com isso, o estado deve faturar menos do que o observado no mesmo período do ano passado. A expectativa para a principal data comemorativa é de R$ 414,7 milhões, contra os R$ 848 milhões projetados no ano passado.
O levantamento também aponta uma redução no gasto médio entre os entrevistados, que passou de R$ 352,00 verificados no ano passado para os atuais R$ 273,30.
A diminuição significativa observada na pesquisa reflete, segundo o presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, uma mudança no comportamento de consumo por parte das famílias.
“Apesar de ser considerada a data comemorativa mais importante para o comércio no primeiro semestre, o recuo na média de gastos mostra uma tendência de consumo mais cautelosa, visto que as pessoas estão procurando alternativas mais em conta para presentear as mães neste período do ano”, explicou Wenceslau Júnior.
O levantamento do instituto entrevistou 511 pessoas de 32 municípios do estado, entre os dias 21 e 25 de abril. A pesquisa possui margem de erro estimada em 4 pontos percentuais, para mais ou para menos. Os dados mostraram que mais da metade dos participantes (53,4%) pretendem ir às compras neste período.
Apesar de os produtos mais procurados continuarem sendo cosméticos e perfumes (21,6% dos entrevistados), seguidos por roupas (17,9%), o Instituto da Fecomércio-MT revelou que a procura por eletrônicos caiu quase pela metade, passando de 8% em 2024 para 4,4% neste ano.
Quanto ao local onde as pessoas pretendem comprar na data, 57,5% dos respondentes disseram que farão suas compras nas lojas do centro de suas cidades, enquanto 16,5% buscarão os shoppings, e 12,1% informaram que recorrerão a sites ou aplicativos.
As compras com vendedores autônomos representam 8,8% dos entrevistados. Outro dado da pesquisa que reforça essa mudança de comportamento de consumo é o aumento das respostas relacionadas a “fazer algo em casa”, que subiram de 0,4% em 2024 para 1,1% neste ano.
O levantamento do instituto mostra ainda que o cartão de crédito foi a forma de pagamento mais citada, com 58,2%, seguido pelo Pix (28,2%), dinheiro (7,7%), débito (3,3%) e carnês ou boletos (2,6%).
Entre os que não pretendem consumir na data — o que corresponde a 43,4% dos entrevistados —, 77,5% afirmaram que não costumam comemorar a ocasião. Em seguida, 15,8% apontaram questões financeiras, e apenas 3,6% alegaram falta de tempo disponível.